A Acura (marca subsidiária da Honda) acabou de apresentar ao mercado norte-americano o seu novo SUV MDX híbrido. O utilitário esportivo adota o mesmo esquema de ´powertrain´ (com 1 motor a gasolina + 3 motores elétricos) já experimentado com sucesso no sedã RLX e no supercarro híbrido NSX. A diferença é que nesse automóvel o esquema de engenharia é invertido, com os dois motores elétricos posicionados no eixo traseiro, dispensando assim um diferencial para a tração nessas rodas; e mais um propulsor elétrico na dianteira, que auxilia o motor V6 à combustão.
Preço & mercado >> O modelo comercializado por US$ 52.000 nos EUA, custa apenas US$ 1.500 a mais do que a versão movida puramente a gasolina e chega a ser 30% mais econômico em relação ao carro original. Entre o início de 2015 e o final do primeiro trimestre de 2017, houve praticamente um aumento de 100% na procura por SUVs familiares nos Estados Unidos. Visando essa fatia, a Acura oferece essa nova configuração híbrida com três fileiras de assentos (sete lugares).
Esquema técnico >> Os dois propulsores elétricos da traseira oferecem 72 hp de potência. A unidade elétrica frontal tem mais 47 cv e o motor tradicional (3.0/V6 aspirado movido a gasolina e também montado na dianteira) doa mais 257 hp. No total a ´potência combinada de saída´ (como dizem os engenheiros de projetos de carros híbridos) é de 321 hp ao invés de 376 hp como seria a soma comum dessas três medidas citadas. A força é administrada por uma transmissão automática de dupla embreagem de 7 velocidades.
Mais tecnologia >> O “Sistema Dinâmico Integrado” da Acura oferece no MDX Sport híbrido, vários esquemas diferentes de possibilidades de comportamentos na aceleração, direção, transmissão e amortecedores, para fornecer ao motorista uma gama expandida de características de desempenho selecionáveis, atendendo variadas necessidades e desejos de condução.
Interior >> Há duas configurações no catálogo do Acura MDX Sport híbrido: uma prioriza o alto nível de tecnologia embarcada e a outra (com apenas 6 lugares) enfatiza o luxo e o espaço interno, com poltronas maiores, acabamento em madeira de alta qualidade, couro, teto solar e consoles especiais.
Performance >> A máquina nipônica funciona como um grande computador administrado por uma central de preferências do condutor. Seu chassi pode receber quatro tipos de “ordens”: Conforto (que reduz o esforço da direção e suaviza a resposta do acelerador); Normal (ajusta o desempenho com um novo mapeamento do acelerador, suspensão e torque); Sport (fornece um amortecimento mais firme para um manuseio mais esportivo, ajusta a direção deixando-a mais pesada e aumenta o torque) e ´Sport +´ (que maximiza o desempenho do grupo motopropulsor nos arranques, desativa a condução puramente elétrica, muda o comportamento da transmissão e o mapeamento do acelerador).
Frigir dos ovos >> O novo SUV da Acura aparece no showroom para comprovar uma nova tendência que o público global ainda não se deu conta. O modelo tem exatamente a mesma performance da versão movida puramente a gasolina, mas oferece uma economia de combustível significativa (entre 28 e 30%). Ademais, a diferença de preço entre as duas configurações, como citei no início, é mínima, sendo atenuada em pouco tempo de uso.
Como tenho dito nos últimos três anos, todas as grandes marcas que não oferecerem opções híbridas ou puramente elétricas, ficarão pra trás. Usar carros híbridos e/ou 100% elétricos não é mais uma questão apenas de charme de alguns astros hollywwodianos que querem parecer mais amigáveis com o meio ambiente. Faz parte de um novo contexto, que mexe com o bolso e a consciência de pessoas comuns. (Fotos: divulgação)