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Jimny: clássico da Suzuki chega à 4ª geração

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O Jimny foi lançado em abril de 1970 como uma alternativa para quem desejava encarar trilhas off-road num veículo compacto, ao invés de manobrar um ´jipe´ de porte grande, como um Land Rover Defender, por exemplo. O sucesso desse 4X4 foi tão expressivo que a marca japonesa pouco mexeu na receita nesses quarenta e oito anos. Para se ter uma ideia da aceitação do Jimny no mundo todo, a terceira geração durou de 1998 até agora sem alterações significativas. Cabe na história dele o velho bordão: “Não se mexe em time que está ganhando…”

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Novo estilo >> Como os padrões de segurança e de estética automotiva evoluíram…, a Suzuki também resolveu alterar o gabarito do Jimny. Externamente o modelo ficou mais moderno e atraente. Em vez de optar pelos chamados ´traços orgânicos´, com linhas mais arredondadas, o fabricante nipônico escolheu um desenho com padrão reto. As colunas estão mais verticalizadas e o capô e teto ganharam estilo quadradão, que muito lembra a clássica linha “G” da Mercedes-Benz. O resultado final não poderia ter sido mais adequado para a proposta desse carro, que é encarar e superar obstáculos longe do circuito urbano.

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Medidas >> O novíssimo Suzuki Jimny continua com o tamanho reduzido de sempre. E isso faz parte do charme. Seu comprimento total é de 3,6 m e a distância entre-eixos é a mesma: 2,2 m. Se por fora as condições continuam iguais, por dentro o fabricante se preocupou em ampliar um pouco o espaço para as bagagens. A capacidade saltou para 377 litros com os bancos traseiros rebatidos. São 53 litros a mais do que a geração passada. O Jimny tem espaço declarado para quatro pessoas, mas a meu ver, ele é um veículo adequado para apenas dois adultos. O compartimento dos assentos traseiros é muito limitado.

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Por dentro >> O compacto ganhou um interior mais prático e funcional. Quase todo decorado em preto e cinza escuro, ele tem tabelier com linhas horizontais e recebeu uma tela multifuncional de 7 polegadas. O painel de instrumentos é clássico, com ponteiros tradicionais de agulha, tanto no velocímetro quanto no conta-giros. A estrutura interna é bem simples, porém, toda útil. Há computador de bordo com comandos também no volante, além de sistema de navegação e entretenimento com Bluetooth.

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Desempenho >> Uma das grandes novidades do Jimny, foi a mudança do motor nessa nova geração. Sai de cena o propulsor 1.3 (de apenas 85 hp) e entra uma nova unidade de 1.500 cm³, 102 hp e 13,2 kgf.m de torque. Duas são as opções de câmbio: manual com cinco marchas ou automático com apenas quatro velocidades. A Suzuki declara 145 km/h e 140 km/h de velocidade final com essas transmissões, respectivamente. Como se percebe, a proposta não é de alta performance no asfalto.

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Melhoramentos >> Projeto acertadíssimo desde o princípio, o Suzuki Jimny mantém o seu eficaz sistema de tração 4X4 que é acionável com alavancas extras ao lado da principal. Ele roda, inclusive com a opção de 4X4 “reduzida”. A graduação sobe assim: 2H, 2WD, 4H, 4WD e 4L, no último estágio da força off-road. A tecnologia foi largamente embarcada na nova geração. São seis airbags, controle de velocidade em descida (Hill Descent Control) e assistente de partida em rampa (Hill Hold Control). Sua suspensão continua robusta e de mecânica simplificada. O chassi é mantido por suspensão de eixo rígido de três articulações com molas helicoidais. De acordo com a Suzuki, o Jimny teve a rigidez torcional melhorada também com reforços em toda a estrutura, do chassi à carroceria.

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Frigir dos ovos… >> Para quem deseja um 4X4 legítimo e capaz de enfrentar terrenos irregulares, o Jimny tem ótima capacidade fora de estrada. A marca nipônica oferece uma gama que parte de uma versão espartana, que nem forração de piso tem. Tudo para facilitar a limpeza, possibilitando a lavagem interna com água em abundância. E segue para outras configurações mais requintadas com ar-condicionado digital, câmbio automático e até com teto conversível. A paleta de cores para a linha 2019 vai ofertar oito opções, dentre elas o Amarelo Kinetic (de alta visibilidade, projetado para se destacar em condições de mau tempo) e Verde Jungle, de baixa visibilidade e que combina com a cor de uma floresta, cenário mais adequado pra esse carro. A Suzuki ainda não divulgou os preços e nem a data de chegada da nova geração aqui no Brasil. (Fotos: divulgação: Suzuki) 

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