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Novo Fiat Uno 2017 chega com duas novas opções de motorização

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“Firefly” quer dizer ´vagalume´ em inglês. Esse foi o nome escolhido pela Fiat para batizar a sua nova família de motores GSE (Global Small Engine ou… Motor Global Pequeno) que começa, desde já, a equipar a linha Uno 2017.

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O compacto da marca italiana estava precisando de uma injeção de ânimo, afinal de contas, a família de propulsores ´Fire´ (1.0 e 1.4) já não acompanhava a concorrência em eficiência energética, principalmente.

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O retorno das 8 válvulas >> Se você tem memória boa, houve (a partir do final dos anos ´80) uma procura insana por carros com motores de 4 cilindros e “16 válvulas”. A solução mecânica de adotar 4 válvulas por cilindro, na prática oferece vantagens apenas em altas rotações, ou seja, privilegiando a performance esportiva em regimes aonde a maioria das pessoas não chega via acelerador do veículo. Mas há determinadas ideias no segmento automotivo que suplantam a racionalidade e tornam-se verdadeiras unanimidades no marketing, consolidando-se mais como uma “onda que pegou” do que, de fato, pela sua eficácia no uso cotidiano.

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Retorno inteligente >> A nova família Firefly engloba duas inéditas unidades aspiradas flex: 1.0 de 3 cilindros (77 cv) e 1.3 de 4 cilindros e 109 hp de potência máxima que, como dito, já passam a equipar a linha Uno 2017 e logo migrarão, também, para o pequeno Mobi.

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Ambos possuem apenas duas válvulas por cilindro, portanto, oferecem bastante torque em baixas e médias rotações, regime aonde a maioria dos motoristas utilizam os seus veículos. Nesse caso, naquelas situações de subidas de ladeiras ou nas saídas dos quebra molas, por exemplo, o novo Uno Firefly mostra um comportamento muito mais disposto do que as antigas versões Fire.

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Novo projeto >> Além das mudanças no design da parte frontal (nova grade, para-choques, etc…) e também do melhoramento no conteúdo interno, o novo Uno passou por um processo de reestruturação completa que envolveu, inclusive, um aperfeiçoamento na aerodinâmica. A apresentação à imprensa especializada deu-se na antiga – e moderníssima – fábrica da Fiat em Betim (MG).

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Além do test-drive, as novas instalações para a fabricação dessa linha de motores foi apresentada. A área que tem capacidade para construir 400 mil motores desse tipo por ano, foi levantada do zero e hoje constitui-se na mais moderna e robotizada fábrica de motores da FCA (Fiat Chrysler Automobiles) do mundo. Com pouquíssimas intervenções humanas diretas, os modernos motores 1.0 e 1.3 são praticamente 100% montados por máquinas.

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Mais eficiência >> O foco principal da Fiat no desenvolvimento da família Firefly foi a eficiência energética. Ambas as unidades têm a maior taxa de compressão do mercado nesse segmento (13,2:1) e, além de eficazes no consumo da parte elétrica, são econômicos e muito ariscos.

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As tais das (apenas) duas válvulas por cilindro conferem uma menor perda de energia por atrito nas baixas e médias rotações. A versão 1.0, por exemplo, tem ótimo torque de 10,9 kgf.m e, sem a menor dúvida, é a unidade de 3 cilindros comercializada no mercado nacional que vibra menos. Tem um acerto de baixa vibração e amplo silêncio, realmente impressionante.

Nova unidade Firefly 1.0, 3 cilindros e 77 cv
Nova unidade Firefly 1.0, 3 cilindros e 77 cv

Já o motor 1.3 (4 cilindros) que tem bloco também de alumínio e é praticamente idêntico ao menor em tudo (excetuando-se o tamanho), tem desempenho muito interessante com os seus 109 hp e é o motor de 4 cilindros nacional que mais força específica (cv/litro) oferece atualmente. Ambos são muito acertados e terão, num futuro próximo, versões com turbocompressor e aí é que começarão, de fato, a fazer a concorrência coçar a cabeça.

Aqui o novo motor 1.3 de 4 cilindros (109 cv)
Aqui o novo motor 1.3 de 4 cilindros (109 cv)

Aspectos finais >> A Fiat fez uma mágica e conseguiu ressuscitar o Uno de maneira incrível. O compacto mudou de comportamento, está muito mais ágil e bem equipado mesmo nas versões mais baratas.

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A marca italiana vai agradar à mulherada em um detalhe: agora o Uno vem com direção elétrica que traz, como trunfo extra, o enfeitiçado botão “City”, que deixa o volante ainda mais leve do que no comportamento normal. Nisso, está imbatível.

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Versões e preços >> A escala dá-se assim: novo Uno 2017 Atractive 1.0 (R$ 41.840); Way 1.0 (R$ 42.970); Way 1.3 (R$ 47.640); Way 1.3 Dualogic (câmbio automatizado e que dispensa a embreagem) por R$ 51.990; Sporting 1.3 com transmissão manual (R$ 49.340) e Sporting 1.3 Dualogic (R$ 53.690). Em relação ao antigo Uno com motorização Fire, o novo está, em média, 15% mais econômico.

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Bem completo, ele pode vir (dependendo da versão) com o Hill Assist (assistente de saída de rampa), ESC (controle de estabilidade), ASR/TC (sistema que permite o arranque sem patinar as rodas no piso molhado) e ERM (mecanismo que reduz o risco de capotamento). Como falei na capa, o Uno foi revisto e melhorado.

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Não houve apenas teoria: a Fiat colocou a mão na massa reaproveitando uma antiga receita, dando-lhe uma inesperada vida nova. O Uno recomeça do zero. (Fotos: divulgação)

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