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Clássico da semana: BMW 328, um charmoso (e bravo) conversível dos anos ´30

Num tempo onde os carros esportivos eram idolatrados e as suas versões originais de fábrica eram praticamente feitas para encarar pistas de corridas, o BMW 328 surgiu com a missão de ser o melhor carro esporte dos anos 1930. A BMW – Bayerische Motoren Werke (fábrica de motores da Baviera) criou um modelo tecnicamente avançado para a sua época e a prova de sua competência chegou por intermédio de um teste de fogo no dificílimo circuito de Nürburgring, onde o 328 mostrou-se quase imbatível na categoria de motores de 2.000 cilindradas.

Características >> A linda máquina tinha capô bem longo fixado por duas elegantes correias de couro. Outro detalhe que chamava atenção era o seu completo painel de instrumentos, melhor do que a média na época. Lá na frente um motor de 6 cilindros em linha e exatos 1971 cm³ conseguia levar o BMW 328 à ótima velocidade final de 224 km/h!

Bom de vendas >> Compacto, ágil e charmoso, logo o modelo tornou-se um sucesso entre os europeus ricos, que adoravam passear (em alta velocidade) nesse conversível de dois lugares. Além da versão conversível, fabricantes independentes de carrocerias (fato comum naquele tempo) também criaram um ´cabriolé´ com capota removível. Em sua época o BMW 328 foi um dos carros mais requintados e bem acabados.

Glória nas pistas >> Segundo os dados do fabricante alemão foram construídas 420 unidades desse automóvel e cerca de 200 ainda estão em perfeito estado de conservação, evidentemente, em coleções particulares pelo mundo. Desses 420, apenas meia dúzia foi produzida na diferenciada versão “Mille Miglia”, em homenagem à famosa corrida italiana. Em 1940, num BMW 328 com carroceria de alumínio em cor prata e preparado para competição, o Barão Von Kanstein venceu uma edição da prova imortalizando o 328 nos ambientes de competições esportivas.

O BMW 328 "Mille Miglia Roadster" acelerando na corrida Mille Miglia em abril de 1940

 

Insanidade ao volante >> A história conta que o Barão Von Kanstein era tão ousado ao volante que, num rápido teste, o seu primeiro navegador (co-piloto) desistiu de participar da prova com medo de morrer num acidente. O Barão conseguiu um navegador substituto e, para recompensá-lo pela coragem em acompanhá-lo na Mille Miglia, bem próximo à linha de chegada cedeu-lhe o lugar para que ele pudesse receber a bandeira quadriculada ao volante.

Curiosidade >> Apesar de ser um carro legitimamente alemão, o BMW 328 também era vendido pela empresa inglesa Frazer Nash, que construía uma carroceria diferente e rebatizava-o com o nome de “Frazer Nash-BMW 328”.