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Contran libera o emplacamento do Renault elétrico Twizy no Brasil

Pouco a pouco as coisas vão mudando no mundo e, mesmo que de uma maneira mais lenta, também no Brasil. Não é novidade que a poluição gerada por motores à combustão é um dos grandes problemas do nosso planeta e o carro – de maneira injusta – é sempre tratado como o pior vilão da história. Para quem ainda não percebeu, os navios, trens e, principalmente, os aviões (que depositam o dejeto da sua queima acima das nuvens), fazem um estrago bem maior; sem esquecer das motocicletas que, em vários casos, chegam a poluir até mais que um motor de automóvel. Enfim…, quando há óleo diesel, querosene, gasolina ou até mesmo álcool no tanque, o resultado invisível dessas emissões é péssimo pra todo mundo. Uma das soluções mais viáveis e que amenizam esse problema, ao menos no universo automotivo, são os veículos híbridos (combustível fóssil + eletricidade) e os puramente elétricos. Por motivos óbvios, poluem menos ou até chegam ao nível zero de produção dos gases. No caso dos veículos 100% elétricos, o cômputo dos males causados à natureza são contabilizados de outra maneira, no avesso da avaliação de emissões. Registra-se, por exemplo, o problema do descarte das baterias ao final de sua vida útil, a possível reciclagem do aço da carroceria, o uso de materiais descartáveis, etc…

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Testes >> Pesquisas de vários institutos norte-americanos e europeus, já comprovaram diversas vezes que, em média, uma pessoa roda cerca de 50 quilômetros por dia no seu veículo para se deslocar ao trabalho e concluir outras tarefas pessoais. Isso é uma média global. É aí que entram os veículos elétricos. Até bem pouco tempo atrás o grande problema se concentrava na autonomia das baterias, que não chegava a 100 quilômetros, no entanto, a coisa já mudou muito: hoje há carros que conseguem 400 ou até 500 quilômetros de autonomia com uma carga e já respondem positivamente à pelo menos metade dessa autonomia com uma recarga rápida de apenas 15 minutos. No frigir dos ovos, essa primeira barreira já está sendo vencida. Há, no entanto, outra que também se constitui num novo problema: a ausência de pontos públicos de recarga ou ainda a inadequação de edificações que contemplem pontos de energia nas garagens. Variáveis ainda a serem superadas e resolvidas.

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O bom da história é que os elétricos estão chegando e se tornando acessíveis, caso do Renault Twizy que recentemente teve o seu emplacamento e homologação liberados pelo Contran (Conselho Nacional de Trânsito). Já revendido em 35 mercados do mundo, ele agora poderá rodar no país como opção de mobilidade urbana 100% limpa. A francesa Renault já oferece uma linha bem completa de veículos elétricos, dentre eles o Zoe, Kangoo Z.E, Fluence Z.E e o próprio Twizy.

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Qualificação >> A resolução do Contran enquadra o Twizy como um quadriciclo, permitindo ao modelo circular apenas em vias urbanas. O compacto leva até dois passageiros, mede 2,3 m de comprimento, tem motor 100% elétrico de 20 cv de potência e, segundo a Renault do Brasil, suas baterias possibilitam uma autonomia de 100 quilômetros. Desde 2014 que o Twizy já começou a ser montado no Brasil num acordo de cooperação tecnológica entre a Renault e o Centro de Pesquisa Desenvolvimento e Montagem de Veículos Elétricos de Itaipu. A montadora francesa ainda não divulgou oficialmente os preços e nem se o veículo será revendido nas suas concessionárias ou se somente poderá ser encomendado nas revendas. (Fotos: divulgação)