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KA 2012: sutis alterações no compacto da Ford

Ele chegou ao Brasil em 1997, é líder na categoria dos hatches de 3 portas e comercialmente representa cerca de 20% das vendas da Ford no país.

O compacto KA (agora já na versão e modelo 2012) recebeu o que provavelmente será o seu último “face lift” antes de uma mudança mais radical. Se você observar direitinho, em relação ao modelo anterior, ele ganhou um novo desenho na parte da frente, aproximando-se um pouco mais daquilo que a marca americana chama de “linguagem Kinetic”, espécie de similaridade maior dos traços característicos de todos os carros da Ford vendidos mundo afora. A grade agora tem formato trapezoidal. Coisa sutil, mas mudou.

De acordo com o fabricante, o KA agora será disponibilizado em 11 opções de catálogos (mais completos) subdivididos nas versões “Fly, Pulse e Sport”, esta última (como a própria nomenclatura sugere…) com teor mais esportivo tanto na parte estética, quanto no conteúdo mecânico, já que o mesmo somente sairá com motor 1.6 e rodas com aro de 15 polegadas.

Oferecido a partir de R$24.500 (preço base São Paulo/sem frete), o Novo KA será ofertado em cinco cores: Branco Ártico, Azul Noronha, Prata Geada, Vermelho Bari e Preto Ebony. A versão Sport (que, para comemorar o lançamento, saiu na cor laranja Ibiza com faixas pretas) terá também o Branco Ártico e o Prata Geada (ambas com faixas pretas), Preto Ebony e Vermelho Bari (com faixas brancas) no catálogo. Por dentro também aconteceram algumas mudanças: ele recebeu novos grafismos no painel e outras opções de tecidos para se forrar bancos e portas.

Comportamento

O KA é uma das ´baratinhas´ mais bacanas de se conduzir, principalmente quando equipado com motor 1.6, já que aí a relação peso-potência melhora muito. Desde o início, em 1997, ele ficou bem conhecido como um dos mais econômicos do mercado, senão, o mais. A briga sempre se deu (inicialmente) com VW Gol e Fiat Uno. Depois, o Renault Clio (3 portas) também entrou no ringue.

Obviamente, é veículo de entrada para quem está começando a vida ou… se já tem a neve do tempo nos cabelos, prefere a discrição e opta (como dito) pela economia de combustível. A pequena máquina continua a ser ofertada com motores 1.0 (72cv de potência e 9,8 kgf.m de torque) e 1.6 (107cv / 14,2 kgf.m), ambos flex. O consumo varia muito a partir do jeito que cada condutor leva a vida dentro do seu carro. Fabricantes de veículos sempre apresentam esses números dentro de uma norma denominada de “NBR 7024”, um ensaio feito em laboratório que simula várias situações, mas essa análise geralmente não condiz em 100% com a realidade, justamente pela diferença de clima, piso, etc… Uma coisa é certa: o KA é econômico para os (atuais) padrões beberrões nacionais de consumo. Este é o ponto principal do carro. Conforto, desempenho e espaço interno chegam em segundo plano, assim como o design, também.

O que me agrada?

Acho que a posição de dirigir (com destaque especial para a ergonomia concernente ao alcance da alavanca de câmbio) e a praticidade de estacionar desse modelo são as duas maiores vantagens. O KA 1.6 é bem interessante de se guiar, pois é ágil no trânsito, esperto nas retomadas e não fica lerdo em situações importantes, como ultrapassagens, por exemplo.

A Ford afirma que nessa última revisão de projeto fez algumas melhorias mecânicas, focando principalmente a eliminação de ruídos, caso da suspensão traseira que agora passou a adotar um conceito de isolamento similar ao do “irmão” Focus, coisa que melhorou um pouco o nível de conforto. Ampliando, também, o conceito de segurança, a empresa disponibiliza no KA a opção de piscas integrados nos retrovisores, ideais para se evitar “trancões” em motoqueiros quando a visibilidade do motorista entra no perigoso “ponto cego” dos espelhos laterais.

Frigir dos ovos…

O KA continuará sendo uma interessante opção entre os compactos nacionais. Dependendo do saldo bancário, ele pode saltar de um carrinho espartano (caso dos catálogos de entrada) indo parar num pequeno esportivo cheio de estilo com interior mais bem acabado, painel diferenciado e faixas inspiradas no lendário Ford Mustang.

No geral ele ganhou nova grade, apliques laterais, faróis escurecidos, novas palhetas dos pára-brisas, apliques no pára-choque traseiro, brake-light e uma inédita “régua” (detalhe estético) lá na tampa do porta-malas. O pacote de segurança também oferece (via ampliação do preço do cardápio) freios com sistema ABS (anti-travamento) e Airbags (bolsas de ar). No mais, há os mimos (também variáveis dependendo do preço e versão) de som com MP3, vidros, travas e retrovisores elétricos, bancos com regulagens de altura, alarme, etc…. ou seja: quem tem grana, compra o Fusion, e quem não tem cão… caça com KA. I FA

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