Desde 2010

buru-rodas

////

28_pcf280618

:::::

MULHERES AO VOLANTE Dentro da contida, porém constante política de abertura e igualdade de direitos, o Rei Salman, da Arábia Saudita, decretou em setembro de 2017 uma permissão para que as mulheres daquele país pudessem dirigir carros. Após alguns meses de aulas em auto-escolas, finalmente, a partir da meia noite do último dia 24 de junho, as sauditas puderam ter o prazer de guiar os seus automóveis sozinhas. Uma vitória importante para as mulheres de uma nação que ainda mantém uma rigorosa diferença entre os direitos (mínimos) delas e as amplas possibilidades de escolhas sociais masculinas.

VITÓRIA As sauditas celebraram com muito contentamento essa nova fase e foram às ruas resolver as suas coisas com liberdade. Tarefas simples, como ir ao supermercado ou levar os filhos na escola, por exemplo, agora já não são mais um fardo, uma situação de dependência. Segundo as autoridades da Arábia Saudita, cerca de 120 mil mulheres já estão lotando as auto-escolas do país a fim de participar das aulas para conseguir, também, as suas sonhadas carteiras de habilitação.

LIMITESA conquista do direito de dirigir já foi um avanço, mas as mulheres da Arábia Saudita ainda têm de conviver com diversas restrições. Somente no início desse ano é que elas foram autorizadas a assistir a um jogo de futebol no estádio, mesmo assim, num local separado somente para as mulheres. Para solicitar um passaporte, ingressar numa faculdade, abrir uma conta bancária, casar-se ou – acredite – até ter a possibilidade de sair da prisão, elas precisam, antes de qualquer coisa, da permissão de um homem, que pode ser o pai, o marido, o irmão ou um tutor. Mais uma: num tribunal, o testemunho de uma mulher só vale a metade da palavra de um homem…

REFERÊNCIAS Se o mundo fosse regido por mulheres, viveríamos num planeta mais bonito, pacato, solidário, respeitoso e moderno. No campo da política, por exemplo, há duas referências que se tornaram símbolos globais de conquistas sociais: Margaret Thatcher (Primeira-Ministra do Reino Unido entre 1979 e 1990) e Angela Merkel, chanceler da Alemanha desde 2005. Duas mulheres de fibra na luta pela democracia e igualdade de direitos entre homens e mulheres. Ambas sempre apoiaram a “meritocracia” e tiveram aversão ao inchaço estatal, combatendo com força um dos piores cânceres de qualquer país: a institucionalização da preguiça via instrumentos sindicais.