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Mercedes-AMG amplia a linha no Brasil com o novo “GT C Roadster”

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Mais uma vez fui convidado pela Mercedes-Benz do Brasil para participar do “AMG Performance Tour”, espécie de ´dia da graça´ para os jornalistas do setor automotivo, aonde tem-se à disposição praticamente toda a linha Mercedes-AMG para se acelerar com vigor num autódromo, nesse caso o ´Velo Città´, um ótimo circuito homologado pela FIA (federação internacional do automobilismo), localizado em Mogi Guaçu, interior de São Paulo.

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História >> A AMG foi uma divisão da marca alemã criada em 1967 e que se especializou em desenvolver projetos que aplicam tecnologias de automóveis de corrida aos modelos de rua. A ideia surgiu de dois engenheiros da Daimler-Benz. Hans Werner Aufrecht e Erhard Melcher trabalhavam na companhia nos anos ´1960 e foram os responsáveis por preparar o motor de competição para o emblemático modelo 300 SE. Depois que a empresa suspendeu as atividades de automobilismo, Hans e Erhard decidiram tornar-se independentes, fundando o seu próprio centro de engenharia.

À frente, o espetacular AMG GT C Roadster e em vermelho, o divertidíssimo C 43 AMG
À frente, o espetacular AMG GT C Roadster e em vermelho, o divertidíssimo C 43 AMG

Mão na massa >> No dia 1 de junho de 1967 a AMG iniciou suas atividades numa garagem em Burgstall, permanecendo até 1976, quando se mudou para Affalterbach. Em 1990, a Mercedes-Benz se interessou pela preparadora, assinando um contrato de cooperação nos projetos superesportivos. Mais tarde, em 1999, a Daimler Chrysler AG se tornou a proprietária majoritária e, em 2005, a acionista única da AMG. No frigir dos ovos, a mágica da AMG sempre consistiu em melhorar um automóvel Mercedes-Benz aplicando-lhe doses extras de charme e testosterona, com muito mais vigor no motor, seguido de um ronco emblemático e decoração exclusiva e sempre exageradamente esportiva, mas na dose exata.

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As joias >> O test-drive apimentado desse ano teve de tudo: Classe C 43 com um delicioso motor de 4 cilindros turbo, GLC AMG cupê e SUV, GLS, Classe E 63 V8 biturbo, chegando ao espetacular AMG CLS 53. O clímax das avaliações deu-se com o nervosíssimo ´AMG GT´, que agora além da versão cupê, ganhou uma configuração ´roadster´.

CLS 53 AMG: rodar ´aveludado´, equilíbrio fenomenal e performance irrepreensível
CLS 53 AMG: rodar ´aveludado´, equilíbrio fenomenal e performance irrepreensível

Destaques >> A ´brincadeira séria´ no autódromo mais uma vez foi capaz de reacender os meus mais primitivos instintos de observação. É inacreditável como os esportivos da AMG são equilibrados em curvas e ariscos nas retomadas de velocidade. O trabalho da engenharia é tão criterioso, que até um SUV de porte grande é capaz de esboçar uma desenvoltura de um biposto com suspensão bem baixinha.

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Nova paixão >> Sou fã declarado do Classe E 63 AMG, um colosso de força com motor V8 biturbo que encara subidas como se fossem pisos planos, mas desta vez fui abduzido por uma nova atração que custa quase R$ 600 mil: o AMG CLS 53. Além do luxo extremo, o novo cupê tem, na minha opinião, o melhor conjunto mecânico dessa linha atualmente. Seu propulsor é um 3.0 com 6 cilindros em linha. No seu esforço máximo, ele libera 435 hp de potência e torque de 53 kgf.m. A dirigibilidade do AMG CLS 53 associa um padrão muito equilibrado de conforto com uma dose primorosamente balanceada de esportividade. Silencioso, macio e com uma entrega de força gradual e sem excessos, ele tem desenvoltura perfeita em curvas, retas e frenagens. É o melhor Mercedes-Benz que dirigi até hoje.

AMG GT coupé: o Mercedes-Benz mais incrível de todos os tempos
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Pico >> Celebrando os 50 anos da AMG, a empresa agora traz ao Brasil a versão conversível do superesportivo ´AMG GT´. Esse bólido (que é um carro de corridas homologado para andar nas ruas) foi lançado em 2014. Sua base existencial baseia-se na extração da melhor (entre as melhores) performances de esportivos desse tipo. Seu motor 4.0/V8 biturbo é – literalmente – escandaloso. Anteriormente ele tinha 510 hp, mas agora a insanidade foi catapultada a incríveis 585 cv de força, com um torque de 71,3 kgf.m!

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Prêmio máximo >> Para mim, esse carro representa a vitória da Mercedes-Benz na sua missão secular de fabricar automóveis. É difícil, aliás, quase impossível explicar como é a sensação de pilotar um veículo com altíssimo padrão de tecnologia embarcada, mas que funciona como um clássico de corridas que nada tem a ver com modernidades. Seu motor não ronca: ele emite um bramido único, um sensacional grito de muitas feras reunidas num só coração. É o troféu mais incrível que a Mercedes já conseguiu fazer. A nova versão ´AMG GT C Roadster´ é um pouco mais “branda”, com 557 cv e 69,3 kgf.m de torque. Os Mercedes-AMG são capazes de confundir as sensações de qualquer pessoa que ouse guiá-los. Parecem carros, mas são na verdade, um pouquinho mais do que isso… (Fotos: divulgação Mercedes-AMG/Malagrine Estúdio) 

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