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BMW Série 6, uma revolução dos anos ´70 !

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Na metade da década de ´70 a BMW decidiu substituir os cupês CS e CSL, que já vinham cansados desde 1965 sem grandes mudanças. Desenhado por Paul Bracq, a nova Série 6 (denominada internamente de Projeto E24) teve a produção iniciada em 1976 entregando dois modelos ao mercado, o 630 CS e o 633 CSi. As carrocerias do charmosíssimo cupê inicialmente foram fabricadas pela Karmann-Ghia, mas a produção foi posteriormente levada para a BMW.

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Muito mais bem projetada do que os seus antecessores, a nova Série 6, além de ter um desenho mais moderno e arquitetura interna mais ampla, trazia uma mecânica mais afinada em todos os sentidos, com aceleração, capacidade de frenagem, estabilidade e prazer ao conduzir superiores. Um dos detalhes principais dessa geração de cupês da BMW foi a altura da capota, um pouquinho mais elevada para comportar melhor os clientes norte-americanos.

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Melhoramentos >> Dois anos depois o mercado solicitou mais força no motor e a BMW atendeu. Em julho de 1978 a marca alemã lançou uma versão um pouco mais potente (635 CSi), que tinha duas características bem especiais: uma caixa de câmbio de cinco marchas e um pequeno aerofólio traseiro pintado em preto.

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A nova máquina chegava com 218 hp de potência máxima aos 5.200 rpm e ainda trazia uma curva de torque melhor. O modelo 635 CSi tem outro detalhe particular: a ausência de faróis auxiliares de neblina. Contenção de custos? Não. Focada em alta performance, a BMW justificou que essa solução ajudava na estabilidade do carro em altas velocidades, já que a grade frontal e o spoiler foram desenhados para manter a frente do veículo abaixada. Este modelo também compartilhava componentes da suspensão do BMW Série 5.

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Sucessão >> A marca germânica não parou de atualizar a Série 6 enquanto ela ficou em linha entre 1976 e 1989. O 630 CS de 1979 abandonou o carburador e ganhou injeção direta de combustível e passou a se chamar 628 CSi em alusão ao motor 2.8 herdado do BMW 528i. Em 1980 a linha ganhou modo eletrônico de bloqueio de diferencial e mais um novo sistema de injeção Bosch Motronic. Em 1982 um ligeiro face lift alterou o design da Série 6 para os carros exportados para Europa e Estados Unidos. Ao mesmo tempo, a BMW definitivamente substituiu os motores 2.8 pela unidade 3.5 de 6 cilindros em linha, e também começou a disponibilizar caixas de câmbio manual e automática de 5 velocidades.

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Ajuste final >> Em meados de 1987, a Série 6 atingiu a maturidade em termos de desenho, mecânica, acabamento e tecnologia. Os novos faróis ganharam a mesma concepção construtiva da Série 7 com capacidade de iluminação muito superior. Os para-choques afinaram e começaram a obedecer as normas de segurança exigidas no mercado norte-americano, suportando impactos de até 8 km/h sem danos à peça. Apesar da boa aceitação, em 1989 esse excepcional cupê foi aposentado, curiosamente, voltando à fabricação mais de uma década depois, em 2005.

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Ápice do projeto >> No meio da primeira carreira da Série 6, a BMW decidiu apimentar o esportivo com uma receita de fábrica. Lançou então o M-635 CSi, apresentando-o em destaque no Salão de Frankfurt de 1983. A nova versão, além dos aparatos diferenciados no design, vinha com motorização de 282 hp de potência. O modelo trazia rodas especiais em liga leve com pneus Michelin TRX, taxa de compressão mais elevada, catalisador mais aberto, tração traseira com diferencial de deslizamento limitado, bancos em couro e painel de instrumentos mais esportivo. O desempenho para a época era excepcional: aceleração de 0-100 km/h em apenas 6,1 segundos! Menos de 6 mil unidades desse tipo foram fabricadas.

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Nova versão >> Em 2005 a BMW ressuscitou a Série 6 lançando o Projeto E63 6. Esse carro, idealizado pelo polêmico executivo Chris Bangle, nasceu com uma aparência arrebatadora. Trazia um capô muito longo, linha de cintura baixinha e traseira curta. Sem dúvida alguma, o novo carro foi uma releitura muito feliz da versão original de 1976.

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A configuração “M” desse carro causou impacto positivo geral. Com um motor V10 de 5.000 cm³, ele conseguia saltar da imobilidade aos 100 km/h em 4,4 segundos! A Série 6 continua firme até hoje com opções de cupê com duas ou quatro portas e diversas motorizações. O tempo passou, mas a magia desse clássico alemão continua a mesma. (Fotos: divulgação)

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