Há quem o rotule de “louco” ou “arrogante”, mas a verdade é que o republicano Donald Trump, atual presidente dos Estados Unidos, tem feito uma das melhores gestões da história daquele país. Os saldos conseguidos por ele até agora são positivos e os números apontam crescimento sólido: a arrecadação de impostos subiu, o comércio está mais aquecido do que nunca e os índices de desemprego são os mais baixos das últimas décadas.
Sim, Trump faz uma política protecionista visando a solidez e o bem estar dos norte-americanos, mas, mesmo assim isso não agrada a todos. Esta semana foi a vez de James Hackett (CEO da Ford) reclamar das medidas administrativas de Donald Trump. A sobretaxa em cima da importação de aço, por exemplo, é uma das maiores queixas de Hackett. O executivo diz que tais ações causarão “contínuas obstruções e largos prejuízos à Ford, coisa de mais de 1 bilhão de dólares entre o ano fiscal de 2018 até o fechamento de 2019”, número assustador para uma marca que já vem apresentando prejuízos enormes nos últimos anos.
James Hackett disse que a Ford já anulou a exportação do Ford Focus Active da China para os EUA, já que os altos impostos cobrados por Trump inviabilizam a transação. O presidente americano é claro como água quando diz que quer a indústria local muito mais forte e que as marcas automotivas devem pensar em fabricar veículos dentro do território yankee.
E o aperto deverá aumentar, pois o atual governo dos EUA está pensando em criar mais um imposto protecionista que deve taxar em 25% todas as peças de automóvel ou veículos completos provenientes da Europa rumo aos Estados Unidos. Se esse imposto realmente for aprovado, deverá gerar um aumento de preço entre 1.700 e 5.800 dólares por carro. (Fotos: divulgação Ford)