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Kwid, o carismático Renault tamanho ´P´

Aos olhos da maioria, ele é apenas um carro compacto com carroceria do tipo ´hatch´ de quatro portas, mas a Renault qualifica o seu novo Kwid (pronuncia-se ´Quíd´) como “o primeiro SUV compacto urbano” do Brasil. A fabricante francesa justifica que ele pode, sim, ser considerado um micro SUV por causa de alguns detalhes característicos desse segmento, como por exemplo, a posição de dirigir e altura do solo mais altos do que a média; e os proeminentes ângulos de entrada e saída de 24° e 40°, respectivamente.

Competição >> Talvez pouco importe se ele é um tradicional hatch ou um inovador SUV. O que vale nesse instante é que a Renault, estrategicamente (ou por pura sorte…) está lançando um carro, digamos assim, “necessário” para o momento de arrocho econômico que o Brasil atravessa.

O Kwid de entrada (versão Life) terá preço sugerido de R$ 29.990. A configuração intermediária (Zen) custa R$ 35.390 e o topo de linha (versão Intense) tem valor de tabela de R$ 39.990. Além dos preços convidativos para se colocar um carro zero km na garagem, o fabricante enfatiza que ele passa a ocupar o posto de veículo mais econômico do país, suplantando o Citroën C3, Peugeot 208 e até o Volkswagen Up!, os mais econômicos da atualidade também com motores de 3 cilindros.

Pacote completo >> Com capacidade para 290 litros, o novo compacto da Renault oferece o maior porta-malas da sua categoria, que inclui o Fiat Mobi, o Palio, o VW Gol, o Chery QQ, dentre outros de pequeno porte como os seus maiores oponentes. Com 2.423 mm de distância entre-eixos, o Kwid também tem o maior espaço do segmento para os joelhos dos passageiros que ocupam o assento de trás. Além disso, todas as versões já vêm com quatro airbags de série, dois frontais e mais dois laterais, o que também é um diferencial no setor de carros de pequeno porte no Brasil.

Economia >> Outro destaque técnico que a Renault enfatizou durante o lançamento do veículo em São Paulo ontem (2/8), foi o baixo consumo de combustível do Kwid. A marca atesta que ele é capaz de fazer até 15,2 km/litro em trajeto misto (urbano-rodoviário) quando abastecido somente com gasolina. É um número excepcional, mas que pode variar para mais ou para menos, dependendo do jeito que o condutor dirige o carro. Vale lembrar que essas aferições de consumo são bem relativas, pois dependem de diversas variáveis como a altitude, pressão de pneus, “peso” do pé do condutor, enfim…, mas o Kwid (com apenas 758 kg de massa) deve ser, sim, extremamente econômico.

Três cilindros >> Com o seu compacto motor de 3 cilindros e 999 cm³, o Kwid segue uma forte tendência global que visa a economia de combustível e baixos níveis de emissões de gases poluentes. A unidade 1.0 SCe (Smart Control Efficiency) com 12 válvulas, duplo comando de válvulas e bloco em alumínio, já vem acoplada à nova transmissão manual de cinco marchas SG1.

Outra novidade nesse motor é o uso de corrente de distribuição no lugar da tradicional correia, o que proporciona custo de manutenção mais baixo, “de menos de um R$ 1,00 por dia”, segundo à Renault. Quando abastecido somente com álcool, ele rende 70 cv de potência máxima aos 5.500 rpm e tem torque de 9,8 kgf.m. Com gasolina o Kwid oferece 66 cv de força máxima e torque de 9,4 kgf.m.

Enfim… >> O Kwid parece ser carismático. A Renault já tem milhares de encomendas que foram feitas na recente pré-venda e deverá trabalhar em três turnos nos próximos meses para atender à sedenta demanda inicial do público brasileiro. Ele tem bom espaço interno, respostas ariscas e é prático especialmente no dia a dia da cidade. Em todas as versões, traz indicador de troca de marchas no quadro de instrumentos e tem acabamento digno, condizente com os preços.

Nas versões Zen e Intense, a direção é elétrica e na graduação ascendente das configurações (citadas no começo com os respectivos preços), evidentemente, ele oferece mais luxo e melhores equipamentos, saindo da simplicidade ao Pack Connect com Media Nav 2.0 com tela touchscreen de 7 polegadas, GPS, Bluetooth, câmera de ré, ar-condicionado, etc… Deverá incomodar o segmento de compactos. (Fotos: divulgação)