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Pininfarina H2 Speed, o bólido que consome hidrogênio

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A italiana Pininfarina em parceria com a GreenGT, apresenta em Genebra o ´H2 Speed´, um supercarro movido a hidrogênio com 653 hp. O modelo é capaz de acelerar de 0 a 100 km/h em 3,4 segundos, atingindo velocidade máxima de 300 km/h. Seu tanque de apenas 8,6 kg de hidrogênio demora 3 minutos para ser reabastecido e a autonomia declarada é de 650 quilômetros. Somente 12 unidades serão fabricadas. (Essas 5 primeiras linhas já resumem a novidade. Para mais detalhes, continue a ler)

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Novas possibilidades >> A 88ª edição do Salão de Genebra certamente será lembrada como referência em exposição de carros com combustíveis não-fósseis. Estão sendo exibidos diversos modelos híbridos e vários outros puramente elétricos. Um dos mais espetaculares, sem dúvida, é o H2 Speed, um bólido absolutamente preparado para ser utilizado em pistas de corrida. Esse esportivo já tinha sido mostrado também em Genebra (em 2016) apenas como um carro-conceito pela Pininfarina, famoso estúdio de design e centro de engenharia italiano. Na ocasião ele venceu o prêmio “Concept Car of the Year” e também foi nomeado “Best Concept” no evento.

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Evolução >> Agora, em parceria com a GreenGT – empresa franco-suíça especializada em propulsões alternativas – a Pininfarina apresenta o modelo definitivo que será produzido numa série especialíssima de apenas 12 unidades. Logicamente, as empresas têm como foco alguns clientes milionários que gostam de carros exclusivos e que estão dispostos a pagar uma pequena fortuna por um exemplar. O preço oficial, no entanto, ainda não foi declarado pelos fabricantes, mas estima-se que cada um deverá custar cerca de US$ 2,5 milhões.

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Supermáquina >> O nome é sugestivo: H2 Speed. ´H2´ é a fórmula de hidrogênio gasoso e ´speed´ é uma palavra inglesa que significa ´velocidade´. Nada mais adequado ao projeto. Esse modelo contém uma célula de combustível (hidrogênio) que gera energia suficiente para impulsionar quatro motores elétricos posicionados nas rodas. A velocidade máxima é de 300 km/h, a aceleração da imobilidade aos 100 km/h dá-se em 3,4 segundos e a autonomia pode chegar a 650 quilômetros.

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Alta performance >> Já existem outros veículos a hidrogênio no mercado, mas esta é a primeira vez que um carro de altíssimo desempenho para corridas utiliza exclusivamente esse tipo de combustível. Seu estilo e concepção de design estão voltados para a perfeição aerodinâmica. As linhas são limpas e há diversas aberturas e entradas de ar (inclusive no teto) para refrigerar o sistema de alimentação, as baterias, freios, motores e cilindros de hidrogênio. Tanto o cockpit quanto a estrutura geral (carroceria + chassi) são praticamente feitos em fibra de carbono na sua totalidade. A massa total do H2 Speed é de 1.420 kg.

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Frigir dos ovos… >> Tudo muito bom, tudo muito lindo com esse carrão e com qualquer outro que desenvolva a tecnologia para utilizar somente o hidrogênio como combustível no seu tanque. É até romântico dizer que veículos assim são, digamos, mais ´bonzinhos´ do que os outros, afinal de contas, pelo escapamento de um carro desses somente é expelido vapor d´água e, consequentemente, oxigênio, ou seja, o H2 agora se transforma num “amigo” do meio ambiente que devolve somente ´H2O´ para a atmosfera. A história seria perfeita se não fosse a quantidade gigantesca de energia elétrica utilizada para produzir poucos quilos (ou litros) de hidrogênio extraídos do ar… No final das contas, essas novidades que tanto seduzem e, ao mesmo tempo apresentam soluções aparentemente milagrosas de mobilidade com baixa agressão ao meio ambiente, representam, na realidade, um empate técnico, digamos assim, de impactos industriais à Terra, com panoramas ainda bem distantes daquilo que seria ideal numa relação de custo e benefício à indústria e aos seres humanos. (Fotos: divulgação)

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