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Prejuízo! E agora: que faço eu da vida sem um seguro?

Fazer uma cotação prévia ou somente escolher a apólice depois de adquirir o veículo? Optar por uma cobertura total ou apostar naquela com proteção de ´terceiros?´ E o corretor que me indicaram: será que é confiável mesmo? Essas são algumas (entre tantas) dúvidas que muitas pessoas se deparam na hora em que adquirem um veículo e pensam em colocá-lo no seguro.

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Escolha >> Por desinformação sobre as vantagens que um seguro propicia ou apenas por restrição na renda mensal, a maioria da população não utiliza os serviços das seguradoras de veículos. Segundo dados da Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais (CNSEG), somente 31% da frota brasileira está protegida. Num país com altíssimo número de roubos de carros e elevado índice de acidentes, esse dado soa como algo assustador. É comum no Brasil, também, que alguém compre um carro empregando quase todas as suas economias, ficando, portanto, com pouco dinheiro para a manutenção do veículo. Geralmente quem age assim, busca aquela apólice ´baratinha´, mas isso pode ser um erro grave, já que é preciso avaliar com cuidado junto ao corretor de seguros as reais condições de uso de um veículo para que um contrato adequado seja escolhido.

Foto: Ricardo Lêdo

Opiniões >> O seguro melhor não é, necessariamente o mais barato, mas aquele que atende às necessidades primordiais do dono do veículo”, destaca o executivo Carlos Valle, atual presidente do sindicato dos corretores de seguros de Pernambuco (Sincor-PE) e também diretor da Federação Nacional dos Corretores de Seguros (Fenacor). O alerta do especialista visa evitar que o motorista valorize apenas o preço e tire do contrato algumas coberturas essenciais, pagando por outras que poderiam ser dispensáveis. 

Carlos Valle, presidente do sindicato dos corretores de seguros de Pernambuco
Carlos Valle, presidente do sindicato dos corretores de seguros de Pernambuco

 

O presidente do Sindicato das Seguradoras do Norte e Nordeste (Sindseg), Múcio Novaes, concorda com a opinião de Valle e diz que ser bem orientado pode fazer a diferença na hora de contratar um plano de seguros. “O especialista no ramo vai apontar a melhor solução para cada situação. O seguro veicular tem se mostrado um instrumento de extrema importância social, porque garante o ressarcimento total de veículos que se envolvem em acidentes, incêndios ou roubos, além de trazer de volta o patrimônio de muitas famílias que precisam desses automóveis para ganhar as suas rendas”, ressalta Múcio.

Múcio Novaes, do Sindseg
Múcio Novaes, do Sindseg

Outro executivo do setor com muitos anos de experiência no mercado alagoano, Djaildo Almeida (Jaraguá Seguros), também defende o alto nível de profissionalismo no momento de tratar desse assunto sério. “Atualmente existem no país mais de cem companhias seguradoras e todas elas, seguindo a legislação brasileira, trabalham com a intermediação obrigatória de corretores de seguro. Com tantas opções, a escolha da proposta não deve ser determinada apenas em função do preço e das condições de pagamento. É muito importante conhecer a tradição do corretor de seguros e também da seguradora. É possível encontrar essas informações no site da Superintendência de Seguros Pivados (Susep), pelo endereço www.susep.gov.br”, aponta Djaildo.

Djaildo Almeida, da Jaraguá Seguros, em Maceió
Djaildo Almeida, da Jaraguá Seguros, em Maceió

Dicas valiosas >> Para clarear os caminhos da escolha do seguro do seu veículo, veja a seguir algumas dicas preciosas citadas por esses três renomados profissionais do setor.

1) Procure um corretor de seguros, pois ele é o profissional legalmente habilitado para exercer a contratação de uma apólice. A importância dele é fundamental na hora de atender um sinistro e também para oferecer assessoria no instante da contratação e durante a vigência total do convênio.

2) Explique detalhadamente ao corretor a sua necessidade, como e onde você vai utilizar o veículo. Isso vai ajudar a estabelecer o melhor tipo de contrato, além do maior percentual de ressarcimento do seu bem em caso de roubo ou perda total, baseado nos valores da tradicional “Tabela Fipe”.

3) Antes de fechar o contrato, observe atentamente o valor da franquia. Você pode optar pela franquia ´normal´ ou ´reduzida´. Pergunte, questione e se informe ao máximo. Disso depende um bom negócio para ambas as partes.

4) Procure saber qual o valor máximo da ´cobertura para terceiros´. Isso é importantíssimo! Nunca se sabe a extensão dos danos de um acidente e os problemas que ele pode gerar.

5) Fique atento ao item de “Assistência 24 horas”. Verifique qual é a distância de cobertura do seu seguro e também quais os outros serviços extras possíveis que podem ser incluídos no contrato, como por exemplo, distância de reboque. Algumas apólices oferecem o socorro somente até uma área de 100 quilômetros. Outras podem mandar o guincho a 400 quilômetros da sua residência, portanto, coloque lente de aumento no contrato e leia tudo!

6) Ao receber a apólice confira se tudo aquilo que foi solicitado está correto: marca do veículo, ano, modelo, placa, endereço, forma de pagamento, franquia, percentual da tabela Fipe, assistência 24 horas e valores para danos a terceiros, comparando o contrato final com a sua via original no ato do fechamento.

7) Procure se informar sobre o “Seguro Popular” (ou Auto Popular). É uma modalidade mais recente(e mais barata) que utiliza peças seminovas ou não-originais na hora da reparação do veículo. Pode ser uma ótima opção para automóveis de frota de empresa, por exemplo.

Eis a questão! >> Fazer ou não o seguro de um veículo pode ser uma dúvida incômoda, afinal de contas ninguém deseja ter mais um boleto a pagar no fim do mês. O detalhe principal da situação, no entanto, reside na palavra “tranquilidade”, pois qualquer pessoa está sujeita a contratempos e, num momento difícil no trânsito, certamente o primeiro número a se buscar na agenda do celular será o do atencioso e velho amigo corretor de seguros… (Fotos: Ricardo Lêdo / Google)

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