A Suzuki parece medir os seus passos corporativos com precisão robótica. Se o mar está pra peixe, ela fica. Se a calmaria é demasiada, ela pula fora e parte para outras pescarias. A marca nipônica anunciou à imprensa que deixará o mercado da China, hoje o maior e mais importante do mundo tanto em vendas, quanto em presença de novidades. Disse, também, que concentrará os máximos esforços na Índia, aonde é a líder em vendas.
Inconstância >> A marca vai transferir a sua operação (que começou em 1993, portanto, com 25 anos de atuação) para a empresa chinesa “Chongqing Changan Automobile”, que, sob licença fabricante japonesa, continuará a produzir alguns modelos Suzuki. A atitude rotineira desse famoso fabricante de carros e motocicletas de abandonar alguns importantes mercados, nunca é bem assimilada e sempre assusta seus clientes ou possíveis novos compradores que ficam inseguros em relação ao valor de revenda dos seus veículos depois de usados ou simplesmente sentem apreensão de não contar, sequer, com a assistência técnica.
Idas e vindas >> Em 2012, por exemplo, a Suzuki retirou-se dos Estados Unidos, nunca mais retornou e nem dá sinais sobre uma possível volta. Por aqui no Brasil, em 2003 ela encerrou suas atividades e somente voltou depois de cinco anos quando sua representação foi assumida pelo Grupo Mitsubishi HPE, que implantou fábrica e está, nesse momento, ampliando a rede de concessionários no país.
Motivo principal >> A marca justifica que está saindo da China pois a sua linha é composta basicamente de carros compactos. Esses já agradaram bastante ao mercado num passado longínquo, mas hoje já não são mais tão procurados. Em 2002, cerca de 38% dos veículos comercializados na China eram compactos, mas hoje esse número caiu para menos de 7%, de modos que, nesse sentido, a Suzuki fica em desvantagem perante os concorrentes que têm um portfólio mais variado e com carros de maior porte. (Fotos: divulgação Suzuki)
