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Curitiba ganha o 2º museu de automóveis antigos

A capital paranaense, famosa por sua estrutura de transporte urbano, pelas obras turísticas e mais recentemente por estar no noticiário diuturno pela intensa atividade de apurar e punir os mal feitos contra empresas públicas, tem outro item de diferenciação: mais um museu de automóveis antigos. Agora, além do Museu do Automóvel administrado pelo Clube de Automóveis e Antiguidades Mecânicas, dentro do Parque Barigui, o colecionador Antônio Kowalski erigiu novo templo de admiração à cultura do automóvel. É o Curitiba Antique Car.

Museu do Kowalski: coragem, variedade, bom gosto
Museu do Kowalski: coragem, variedade, bom gosto

Foge e inova na disposição dos itens colecionáveis, veículos, automobilia. Kowalski, do ramo, reuniu veículos de sua predileção e propriedade e criou cenários para abrigá-los, ilustrando-os com bonecos de cera. Ali estão, testemunhas silenciosas, cópias do presidente John Kennedy, do ator Arnold Schwaznegger, cantor Michael Jackson, do referencial Abraham Lincoln e por si só se constituem em atrações paralelas. Fugindo à exposição estática, equipamentos de realidade virtual permitem a sensação de conduzir veículos antigos nos mais famosos autódromos. Ingressos a R$ 35. Estudantes, professores e pessoas com mais de 60 anos pagam meia entrada. Fica na Avenida Manoel Ribas, 5.026, no conhecido bairro de Santa Felicidade.

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Como será o mercado em 2017? >> Projeções de como será o mercado para o corrente ano partem de um ponto considerado boa notícia: o contínuo declínio de vendas foi detido. Ou seja, a herança de Lula e Dilma foi interrompida, estancando as demissões no setor. Recuperação é assunto no qual se tateia, variando o enfoque de êxito. Fenabrave, a federação reunindo revendedores autorizados prevê expansão de 3,11 % sobre as vendas do exercício passado. Anfavea, associação dos fabricantes calcula contidos 6%, e no setor Carlos Zarlenga, presidente da GM tem a aposta mais forte na atividade: crê em ora entusiasmados 10% de produção e vendas ante o exercício passado.

Dados >> Se os números podem variar positivamente, qual será a forma de vender os veículos da série 2017? Presidente da GM no Brasil disse no Salão de Detroit ao bom site argentino Autoblog manter a política de sua empresa, há 16 meses na liderança de vendas. O caminho adotado em seu pequeno período de comando na GM Argentina, foi adotar o figurino norte-americano: descontos e promoções. Fez isto no vizinho país, repetiu no Brasil e logo abriu a trilha seguida por outros fabricantes. Pela declaração deve-se esperar exercícios de criatividade aritmética, by passes, transferindo entrada ou prestações ou juros contidos ou descontos líquidos ou valorização dos usados; faturamento direto de fabricantes para compradores creditando pequena comissão aos distribuidores. Na relação, Séries Brancas, nome para edições de vida fugaz com atrativos de composição e preço. Se tal disputa ocorrer, será ótima para o consumidor preparado, pesquisador e com interesse em discutir descontos e facilidades. Aliás 2017 será outro ano da caça.

Zarlenga, da GM: liderança e promoções
Zarlenga, da GM: liderança e promoções

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Dakar, suas certezas e surpresas >> Encerrado o Rali Dakar, este ano disputado na Argentina, Bolívia e Paraguai, resultados variados: quase certeza, com vitórias variadas de uma das três equipes melhores preparadas e de maior investimento na prova; surpresa com o brasileiro Danilo Torres vencendo na categoria UTV; e graça geral, a chegada de equipe argentina com veículo misto, cruza de picape velho como motor de Chevrolet Camaro novo. Dentre as dúvidas, se em 2018 o Dakar virá novamente para a América do Sul. Neste ano, por conta das chuvas e alagamentos a prova teve interrupção e suspensão de duas etapas em nome da segurança. Crê-se, em torno de 1.500 quilômetros tenham sido suprimidos. O Dakar, antes chamado Paris-Dakar, distância onde era disputado ao seu início, fugiu da África evitando crises políticas, encontrando na orografia da América do Sul o seu melhor habitat, além de patrocinadores de países e estados por onde passa. Oferece enorme poder de divulgação, motivando grandes investimentos para buscar bons resultados permitindo associar a marca à capacidade de vencer em terrenos difíceis. Investimento grande, nesta edição não contou com a presença oficial da Mitsubishi, sempre uma das principais concorrentes. Os custos e o novo controle acionário pela Renault determinaram a saída. Peugeot venceu nos três primeiros lugares, com o 3008DKR; Toyota fez 4º e 5º lugares e a MINI ficou em 6º. MINI, marca da BMW, levou time grande com 8 veículos. Chegou com sete e marcou sexta posição com modelo John Cooper Works Rally. Cooper foi piloto inglês preparador de Minis para corridas, nome de relevo na Europa, aproveitado pela marca para identificar o carrinho às vitórias esportivas.

Um argentino Rastrojero com motor de Chevrolet Camaro
Um argentino Rastrojero com motor de Chevrolet Camaro

Surpresa >> Numa competição onde o dinheiro, as enormes verbas aplicadas pelas grandes marcas têm alijado o espírito esportivo, foi generosa surpresa um carro de construção artesanal, juntando um velho picape Rastrojero, pioneiro na indústria automobilística na Argentina, sobre suspensão frontal modificada e motor Chevrolet Corvette. Foi o carro de maior empatia junto ao público, ficando em 36º entre os 51 classificados.

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RODA-A-RODA

CAÇA – Após a descoberta das emissões de poluentes acima das normas pelos motores 2.0 Volkswagen a diesel, governos variados resolveram auditar o setor. EUA torceu o parafuso sobre a FCA, dizendo que 104 mil picapes RAM a diesel com propulsor 3.0 estão na mesma situação.

NÃO – FCA protestou duramente por seu CEO Sergio Marchionne: não somos criminosos. E politicamente disse tratar o assunto sob o governo Trump, esperando naturais mudanças nos organismos oficiais.

PAUTA – Normalmente os assuntos automobilísticos do início do ano são sobre as novidades do Salão de Detroit. Neste 2017 outros temas se incluíram na agenda: acordos, multas, prisão de executivos da VW e da japonesa Takata.

QUESTÕES – O primeiro pelo Dieselgate, a fraude dos motores. Outro, os inquantificáveis danos, ferimentos e mortes causadas por airbags defeituosos.

MAIS – Indústria norte-americana, japonesa, europeia, todas submetidas a questionamentos parametrizados às emissões, a grosso modo está enfrentando os “Sergios Moros” e as Lava Jato de lá.

EXTRA – No pacote para o futuro, a Ford anunciou no Salão de Detroit investimentos em veículos híbridos e montagem do centro City Soluctions para soluções para mobilidade. Na América do Sul analisam Buenos Aires e São Paulo, ampliação do projeto Chariot, de compartilhamento baseado num aplicativo.

FICO – BMW manteve os investimentos para fazer o Série 3 no México, como anunciou em 2014. Ameaça de Donald Trump em sobretaxar veículos importados em 35% não abalou os alemães. Marca também opera fábrica nos EUA. Ciclo de vida das empresas grandes supera o dos governos, e nem tudo prometido em campanha se materializa.

AJUSTE – Recaro, fornecedora de bancos para carros esportivos e de nicho, novos conceitos na linha Adient direcionada a picapes e utilitários esportivos. Unem atitude esportiva e conforto ao dirigir.

MAIS – Diversificando produtos além da lubrificação automotiva, a Total fechou acordo com a Seppic. Farão ingredientes para linha diversa: produtos para pele, maquiagem, bloqueador solar…

DA MODA – Cinza Galante, dita luxuosa, marca-se por partículas perolizadas azul, verde e prata, produzindo efeito brilhante em tons escuros, sugerindo sofisticação. É a Cor Automotiva do Ano 2017 pela Axalta, líder setorial.

CAMINHO – Seu Relatório Global de Popularidade de Cores Automotivas 2016 indicou tendências por posição geográfica dos clientes. Prata lidera na Europa e EUA, 6% e 5%; Coreia, 7%. Cinza à frente: 17% Europa e 16% EUA. Na América do Sul 41% prefere o branco. Mais? Cinza Galante em www.axalta.com/color

PICAPE – Depois da surpresa da apresentação do Creta e do conceito STC (Sport Truck Concept), a Hyundai acelera lançamento pretendendo tê-lo no mercado em 2018. Utilizará a mesma plataforma do Creta, criada sobre as antigas de Tucson e Elantra.

Hyundai prepara picape sobre o conceito STC
Hyundai prepara picape sobre o conceito STC

AULA – Ideia de picape surgiu no Salão de Detroit 2015, ao expor agressivo conceito sobre plataforma Tucson. Entretanto, lançamento e sucesso de vendas de Renault Oroch e Fiat Toro, fizeram a coreana mudar o rumo, e o fez com surpreendente e inusitada rapidez.

MAIS – Depois do Cruze, a GM estuda produto para incluir na linha de produção em sua fábrica argentina de Rosário: será um SUV, possivelmente baseado nesta plataforma.

APURO – DS, marca de luxo do conglomerado PSA (Peugeot Citroën), operando através da rede Citroën, em seu plano de iniciar-se como marca isolada a partir de 2018, começou a selecionar revendedores para a próxima expansão. Aos outros distribuiu circular informando suspender faturamento.

COMBINAÇÃO – Liberdade aos operadores de postos para estabelecer os preços de combustível gerou abuso aferido em sete cidades. Apurando conluio e cartel através dos sindicatos da categoria, o CADE (Conselho Administrativo da Defesa Econômica), do Ministério da Justiça, abriu processos em sete cidades.: Brasília, Belo Horizonte, Natal, São Luiz, João Pessoa, Goiânia e Joinville. Investiga outras seis.

ALFA – Abertas as inscrições para o Alfa Romeo Brasil 2017, encontro bienal os aficionados da marca em Caxambu(MG). Feriado de Corpus Christi, 15 a 18 de junho. Encontro de camaradagem, leve, bom conteúdo de palestras, custos palatáveis. Gosta? Veja em www.alfaromeobrasil.com.br

FÓRMULA 1 – Felipe Massa voltou ao seu lugar na equipe Williams de Fórmula 1, na revolução causada pela inesperada aposentadoria de Nico Rosberg. Filipe Nasser não obteve patrocínio suficiente. Axalta, de tintas e acabamentos, novo copatrocionador da equipe AMG Mercedes Petronas. OOOO

GENTE – Norberto Klein, ex-Head da Mopar, marca de acessórios da FCA, transferido. Diretor Comercial América Latina e novos negócios da Magneti Marelli. Para o seu lugar na Mopar, Francesco Abruzzesi, ex-diretor geral da Citroën e diretor da GM. OOOO (Os artigos assinados por colaboradores são de inteira responsabilidade dos seus autores. A editoria geral desse veículo, necessariamente, não concorda com as opiniões aqui expressas. Texto desta coluna: Roberto Nasser)