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Honda Fit se aprimora para 2018

Pela internet, a Honda apresentou a linha 2018 do seu bem sucedido Fit. Uma espécie de geração 3 e 1/2 identificada visualmente por alterações nos para-choques, faróis e grade frontal. A mudança principal foi o incremento em itens de segurança usuais a versões de maior hierarquia. Segue o caminho traçado nos modelos equivalentes na Europa e EUA. O ESP (iniciais do sistema de controle de estabilidade); o TC (controle de tração), o manjado assistente de partida em rampa (Hill Holder) e luzes de freadas emergenciais são itens eletrônicos cujo crescimento na escala de uso permite reduzir preços e tornar-se atrativos mesmo ante o lento crescimento de aceitação e demanda pelos clientes brasileiros. A postura mercadológica pelo emprego de artefatos eletrônicos de segurança talvez encontre justificativa ante as exportações para a Argentina. O aliado do Mercosul pressiona o governo brasileiro para exigir o ESP nos produtos nacionais, mas Brasil remancha, titubeia, engasga para regulamentar a obrigatoriedade. Somos lentos em adotar legislação pró-segurança.

Fit 2018: sutis mudanças e maior conteúdo
Fit 2018: sutis mudanças e maior conteúdo

Versões >> São quatro degraus de conteúdo e preço, mas há um padrão básico: parte dos equipamentos listados, o pequeno motor L4/1.5 i-VTEC, 116 cv de potência máxima, flex, transmissão automática CVT, novo sistema elétrico de direção; freios ABS com EBD, o distribuidor eletrônico da pressão hidráulica forçada pelo pisar no pedal do freio. Em segurança, cintos com ancoragem em três pontos para todos os passageiros e fixadores Isofix para cadeirinha infantil. A tecnologia vem se democratizando, como exposto na escalada de conteúdo. Na versão básica DX, exceção está no uso de quase órfã transmissão manual de 5 marchas (um mico na hora da revenda) e obrigatório airbag duplo frontal. Versões superiores, transmissão automática por polias deslizantes (CVT) com simulação para sete marchas e acionamento por alavanquinhas atrás do volante. Na EX, além dos airbags frontais, também há os laterais. Em seguida EXL amplia o oferecimento com bolsas de ar do tipo cortina, totalizando seis unidades. Nas duas versões superiores, ar-condicionado digital. Topo, a EXL contém novo módulo multimídia com conexão para SmartPhones Apple Car Play e Android Auto. A novidade fica por conta da versão Personal, partindo de R$ 68.700 e permite a combinação de equipamentos pelo consumidor, optando por um item, sem pagar por todo pacote de versão superior. Quanto custa? DX (R$ 58.700); Personal (R$ 68.700); LX (R$ 70.100); EX (R$ 75.600) e EXL por R$ 80.900.

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TVR Griffit surpreende mantendo a tradição >> Fazendo surpresa, a inglesa TVR apresentou o seu novo modelo: Griffith. O esportivo tem motor Ford V8 com 500 cv montado entre-eixos na dianteira. Com baixo peso, consegue excepcionais resultados: acelera de 0 a 100 km/h em menos de 4 segundos e supera os 320 km/h em velocidade final. Surpresa está no fato de que todo o leque de marcas da indústria automobilística britânica (uma das maiores do mundo até a II Guerra Mundial), hoje está resumida a dois fabricantes com grandes carros e pequenos quantitativos.

TVR Griffith, a surpresa inglesa
TVR Griffith, a surpresa inglesa

A TVR, quase desaparecida, depois vendida ao russo Nikolay Smolensko, foi recomprada por grupo britânico. Construiu nova fábrica, formulou novo produto, pequena capacidade de produção de apenas 500 unidades anuais. Outra, a MacLaren, mesmo diapasão, mas apta a entregar 3.000 unidades/ano. Marcas inglesas, outrora míticos exemplos de britanicidade são comandadas por capital estrangeiro, por exemplo, da Rolls-Royce, BMW; Bentley, Volkswagen; Jaguar Land Rover, da indiana Tata; Mini, BMW; Lotus, investimento malaio, etc… Projeto para performance, emprega materiais leves para estrutura e carroceria, muito compósito em carbono, aço e alumínio colados sob pressão, consegue segurar o ponteiro da balança em 1.250 kg. É mais leve e menor ante concorrentes Porsche 911, Jaguar F Type e Aston Martin Vantage. Projeto primoroso com apoio da Gordon Murray Design, autora do projeto da McLaren, motor Ford Coyote V8/5.0 aspirado, desenvolvido pela Cosworth, produz 500 saudáveis e longevos cavalos, com a característica de durabilidade, aversão a oficinas e grandes intervalos entre revisões. Entre-eixos dianteiro permite excepcional distribuição de peso, sonho de qualquer projetista: 50% em cada eixo. Tração traseira e transmissão de seis marchas. Aerodinâmica privilegiada para estabilidade e refrigeração dos freios. Rótulo principal, deve ser visto como o último grito de uma tecnologia em descenso: a dos carros puramente movidos por motor a combustão interna, sem engenhos elétricos para hibridizá-los…

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Série de lançamento, a ´Launch Edition´, porta revestimento em couro; rodas de liga leve, pintura exclusiva, grande painel incluindo tela por toque e botão de arranque imitando os utilizados nos jatos disparadores de foguetes, com pequena tampa a ser basculada para permitir premer o botão. Projeto, charme, quase exclusividade não custam caro neste universo de carros personalizantes e de performance: 90 mil libras, uns R$ 381 mil. Caro? Não, em tempos de Lava Jato, uma merreca. As malas do importante ´Dr Geddel´ permitiriam para comprar 133 Griffith, quase 4 meses da produção do automóvel, e surfar entre seus fiéis eleitores baianos.

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RODA-A-RODA

PESQUISA – Fiat desenvolve soluções para manter a liderança da Strada entre as picapes pequenas. Uma delas, preservar a plataforma atual, resistente, testada, trocando a cabine por outra. Uma das possibilidades, a do Mobi. Questão é segurar custos para evitar concorrer com o Toro, líder na categoria superior.

AJUSTES – Nas adequações sugere-se contrair a relação de versões, limitando a Strada a duas portas e poucos equipamentos. E simplificar a picape Toro para reduzir preço e conquistar clientes da Strada com as antigas versões mais bem equipadas.

CONFORTO – Citroën confirmou lançamento próximo dia 10 da van ´Jumpy´, montada no Uruguai. Formato inicial de furgão. Após, passageiros. Característica principal e diferenciativa do projeto é um olhar automobilístico sobre a ergonomia, a posição de conduzir, comandos e os dois passageiros. Quer destacá-la como a de maior conforto para usuários (motorista e auxiliares) ou caronas.

DE VOLTA – Da Coréia, SsangYang confirmou a volta ao país. Retorno será através de polivalente Venko, responsável pela chegada da chinesa Chery ao Brasil. Importações a partir do cancelamento do super IPI. Representação com prazo de 10 anos. Produto inicial, inescapável SUV.

VANTAGEM – Governo Federal baixou Medida Provisória satisfazendo concessionárias das estradas. Os investimentos nas vias (obras, duplicação, etc…) não cumpridos nos últimos 5 anos, terão mais 9 para ser viabilizados.

RAZÃO – Generosidade dar-se-á com o dinheiro do usuário, pois a tarifa cobrada para cobrir os investimentos não realizados, em vez de ser suprimida, será mantida. Há triste frase a definir nossa concessiva estrutura legal: “No Brasil, quem faz a lei é a mãe do bandido”.

CONGRAÇAMENTO – Ante a evidência de serem poucos os usuários a ter utilizado veículos com tração 4X4, marcha reduzida, aptidões fora de estrada, a Troller aproveitou a boa experiência da Mitsubishi com provas reunindo proprietários da marca.

CAMINHO – Juntou clientes para amplo passeio pela Serra da Canastra (MG), com duração de quatro dias, por trechos para uso das habilidades dos veículos, mesclando turismo e aventura. Quer repetir e reunir 500 ´Trolleiros´ em Campos do Jordão (SP) em novembro. Interessado? www.troller.com.br

AMPLIAÇÃO – Toys for Boys Brasil (importadora de brinquedos para homens), ampliou linha de produtos. Além de automóveis esportivos, aeronaves e iates, traz, sob encomenda, lanchas Tigé.

Lancha Tigé: brinquedo para homens
Lancha Tigé: brinquedo para homens

FÓRMULA 1 – Mudanças redesenham a principal categoria do automobilismo: McLaren e Honda desfazem a parceria. Equipe inglesa utilizará motores Renault em 2018. O asturiano Alonso permanecerá no time. Toro Rosso ficará com os propulsores da Honda. Parece um meio termo para um negócio maior: fornecer à controladora Red Bull em 2019. Sainz Jr saiu da Toro Rosso, indo para a Renault e Kubica não irá para a Renault. Piloto finlandês procura uma equipe.

RECORDE – Irv Gordon, 79, ex-professor de New York, coleciona recorde sempre aumentado, o de ter dirigido a maior quilometragem num mesmo carro em uso privado. Com Volvo P1800 de 1966, sólido e charmoso sueco, recém completou 5 milhões de quilômetros! E no período retificou o motor apenas duas vezes! Um recorde impressionante.

O Volvo P1800 antes de a Srta Gordon ter-lhe moído o motor
O Volvo P1800 antes de a Srta Gordon ter-lhe moído o motor

CELEBRIDADE – Transformou-se em referência para recomendar cuidados, manutenção em oficina autorizada, lubrificante indicado pelo Manual, de qualidade e troca nos intervalos nele indicados pela fabricante.

MAS… – Porém, todavia, entretanto…, sempre existem outros detalhes. O até então indestrutível motor do Volvo não resistiu ao descompromisso feminino. Razão descoberta pelo velho mecânico do automóvel. Srª Gordon (também provecta condutora), não soltou o freio de mão; rodou até queimar as lonas de freio; forçou o motor até debulhá-lo. Problemas não são solitários: ao saber da notícia, o velho mestre enfartou!

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Concept One: Mercedes-AMG escreve o manual dos Hypercars >> Mercedes-AMG surpreendeu o mundo apresentando seu novo ponto de exclamação, o Concept One. Mescla tecnologia de carros da Fórmula 1 com as mais recentes conquistas de tração elétrica. Resultado prático, um gran turismo classificado como Hypercar, muito acima dos concorrentes, escreve as regras para a nova categoria. Três motores elétricos (160 cv em cada roda frontal), o terceiro, tocado pela ponta do virabrequim do motor entre-eixos traseiro é um ciclo Otto, V6/1.6, o dos carros da Mercedes na Fórmula 1. Limite de giros e potência reduzidos relativamente aos carros de competição para oferecer durabilidade e confiabilidade ao uso nas ruas e estradas, e o turbo passou a ser elétrico: um motor com 107 cv, novo caminho para este soprador de potência. Confiança patente, após longos 50 mil quilômetros, o motor e câmbio são retirados e, como nos Fórmula 1, inteiramente desmontados para aferir desgaste. O Concept One, nas palavras de Thomas Moers, CEO da Mercedes-AMG, é o primeiro automóvel a tornar a tecnologia de Fórmula 1 utilizável nas vias, e a tomada de ar do motor expõe tal herança. O comportamento dinâmico também busca semelhanças. Com mais de 1.000 cv de potência, o conjunto de quatro motores o impulsionam do Zero aos 200 km/h em menos de 6 segundos! O Bugatti Chiron com 1500 cv faz em 6,2 segundos. A velocidade final é de 350 km/h. Transmissão para as rodas traseiras com 8 marchas, embreagem por monodisco seco. Dianteira por tração elétrica. Outros dados: supera os Fórmula 1 em estabilidade. Suas baterias pesam 100 kg, usa pneus Michelin Pilot Sport Cup 2 285/35/19 à frente e 335/30/20 atrás.

Mercedes-AMG Concept One: um passo acima
Mercedes-AMG Concept One: um passo acima

Projeta-se a construção de 275 unidades a US$ 2,7 milhões, uns R$ 8,4 milhões na Inglaterra, aonde será produzido. Não é apenas um degrau acima do pico dos esportivos, mas uma bandeira para exibir tecnologia a migrar para os futuros AMG e Mercedes-Benz. (Os artigos assinados por colaboradores são de inteira responsabilidade dos seus autores. A editoria geral desse veículo, necessariamente, não concorda com as opiniões aqui expressas. Texto desta coluna: Roberto Nasser)