Aguardando as novas regras para importação, com possíveis alterações para o mercado doméstico, a Venko, nova representante da marca sul coreana Ssangyong, apresentou produtos que promete comercializar em 2018. A empresa corre para injetar ânimo nos concessionários sobreviventes e nomear outros, intentando chegar a 50 pontos de venda. A marca já esteve no Brasil por duas vezes e passada a crise na matriz, agora controlada pela indiana Mahindra, retorna ao país com novo importador que é originalmente o primeiro representante da Chery.
A nova operação demonstra o interesse no mercado, através da junção de capitais da controladora indiana Mahindra, pela Ssangyong e pela representante Venko. Retorno com quatro produtos em diferentes segmentos:
SUV Compacto – Tivoli e seu derivado XLV. Motores a gasolina, 2.2 litros, parcos em potência: 128 cv e torque de 16,3 kgf.m. Esta medida é obtida por motor menor, como o Fiat 1.6 EtorQ. Câmbio automático Aisin de seis velocidades. Diferença entre os dois está no comprimento. O XLV tem mais 24 cm e porta-malas maior.
SUV – É o Korando, apresentador da marca ao Brasil. Estilo atualizado pela casa Pininfarina. No destroçar dos ateliês de construção dos grandes ´carrozziere´, a Mahindra assumiu 3/4 do capital. Motor a diesel, 2.2 litros, 178 cv e 41 kgf.m de torque. Tração nas quatro rodas sob demanda. O Korando aplicará a tração em duas ou na totalidade de acordo com o necessário.
Picape Action – Mecânica comum ao Korando, porém, com comando de tração com reduzida 2X4, 4X4 e diferencial central pelo motorista. Curiosamente, baixa capacidade de carga: 681 kg. Não é monobloco como as picapes leves, mas emprega chassi com longarinas. Preços apenas projetados, pois desconhecida a imposição tributária no atrapalhado projeto de regulação do setor, dito Rota 2030. Tivoli entre R$ 85 e 100 mil; XLV (R$ 5 mil adicionais); Korando (R$ 135 a 150 mil); Actyon Sports (R$ 120 a 135 mil).
RODA-A-RODA
MAIS UMA – Eurobike, com rede de revendas BMW e Porsche, nova representante da inglesa McLaren no Brasil. Produtora de esportivos desenvolvidos com ´know how´ da Fórmula 1, tenta há alguns anos encontrar importador. O tricampeão Nelson Piquet foi sondado e declinou, mas comprou uma unidade. Importação pós-nova legislação em 2018.
RECORDE – Recém surgida no mercado, sucesso de vendas, a norte-americana Tesla, produtora de veículos elétricos, anuncia recorde mundial para 2020: esportivo de produção industrial apto a acelerar de 0 a 100 km/h abaixo de 2 segundos!
PAINEL – É o mais ágil já construído. Para noção, o Bugatti Chiron, do alto de seu motor 8.0/16 cilindros em W, leva 2,5 segundos para realizar a mesma proeza.
TEM MAIS – Surpreendeu-se? Vem aí o caminhão Tesla. Vazio irá de 0 a 100 km/h em 5 segundos. Com 36 toneladas de carga, 20 segundos! Atração maior: carregado, será capaz de manter 105 km/h numa subida de 5 graus. Caminhões do mesmo porte movidos a óleo diesel, andam a 70 km/h. Resultado, media horária maior, menos tempo em viagens. Autonomia de 800 quilômetros!
NA FRENTE – Ford anunciou mudança na linha Fiesta. Não é a sétima geração, mas trato na anterior. Chama-o, com pouca criatividade, de New Fiesta 2018. Marca-se pela mudança na grade frontal, cuja cor, preta ou cromada indicam a versão de conteúdo. Para-choques mudaram.
FREIO – Garroteou investimentos, inalterando o grupo óptico, mas incluiu barras anti-intrusão nas portas e reforço estrutural no teto. Aparentemente, depois dos maus resultados do KA nas provas de impacto do LatinNCAP, iniciou corrigir a chamada ´economia construtiva´. Tempos atuais exigiram levar a tela de 19 cm à versão SEL, com sistema Mirror Screen. Versão de topo, Titanium, agrega câmera de ré.
MECÂNICA – Motores mais potentes na categoria, em alumínio, 1.6 com 125 cv, e 1.0 Ecoboost turbo, 125 cv e densos 20 kgf.m de torque. Medida encontrável nos motores 2.0 aspirados. Transmissões manual de cinco velocidades ou automática e polêmica Powershift, com seis marchas.
QUANTO? – Leque abre em R$ 56.690 na versão de entrada e vai a R$ 75.190 para a de topo, Titanium 1.6 Plus, transmissão automática, bancos revestidos em couro, sete airbags, sensores de chuva e crepúscular.
NOVO – No início de janeiro a Honda apresentará novidades estéticas no sedã compacto City.
VALOR – Surpresa: a Citroën foi a marca de maior ganho no valor de revenda de seus veículos dentre 24 marcas analisadas pela Agência Auto Informe. Neste ano o índice de depreciação média dos Citroën foi de 12,4%, contra 18,1% em 2016.
SITUAÇÃO – Apesar do enorme esforço dos dois fabricantes franceses, seus produtos com boa construção, ausência de problemas, realidade de manutenção de R$ 1/dia, sempre foram vistos com distância. Mercado deu indicações de melhor enxergar.
ELEIÇÃO – Jornal do Carro, do Estado de São Paulo, fez pesquisa entre 1.500 motoristas e elegeu a Mercedes-Benz como a marca mais lembrada. Também foi vitoriosa em iniciativas da AutoData e TranspoData.
DEFINIÇÃO – Assumida pela Marcopolo, também fabricante de carrocerias para ônibus, a Neobus definiu estratégia: aplicou-se aos micro-ônibus. Até outubro, montou 639 unidades, contra 413 em 2016, 64,4% de crescimento. Dedica-se, também, aos urbanos Mega; micros Thunder e rodoviários N10.
AMBIÇÃO – Rinaldi, produtora gaúcha de pneus e câmaras de ar reforçadas para motos com aplicação off-road, iniciou exportar ao atrativo mercado norte-americano. USAMX, a importadora, foi responsável por abrir o mercado mexicano à Rinaldi, quer repetir o feito nos EUA, a partir da Flórida.
GENTE – Carlos Gomes, português, presidente Brasil America Latina, membro do board do Groupe PSA, eleição. Personalidade do Ano no Prêmio AutoData 2017. Segunda vez. Antônio Megale, Anfavea; Besaliel Botelho, Bosch; Roberto Cortes, da MAN, também. OOOO Sílvio Campos, engenheiro mecânico, mestre em economia, progressão. Marketing do produto na Case IH tratores. OOOO (Os artigos e matérias assinados por colaboradores são de inteira responsabilidade dos seus autores. A editoria geral desse veículo, necessariamente, não concorda com as opiniões aqui expressas. Texto desta coluna: Roberto Nasser)