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buru-rodas

Novidades na retomada do mercado

 

Bem-vindos ao novo ano os apreciadores de novidades automobilísticas. Serão muitas, em período movimentado, com o fim da queda das vendas, a estabilização e a retomada do crescimento no setor. Estabilidade no país, seriedade na gestão econômica, queda da inflação e confiança nas ações governamentais auxiliaram deter e reverter a espiral negativa. Com o ano concluído, relativamente a 2016, apesar de números ainda não consolidados, mostrou resultado positivo com aumento de 25% nas exportações e vendas internas crescendo a grosso modo em 10%. Melhores expectativas para 2018: 15%.

VW Virtus, o primeiro lançamento de 2018
VW Virtus, o primeiro lançamento de 2018

Nada é unanimidade. Assim, apesar das projeções otimistas, dado importante a considerar, no varejo do varejo, é o número de dias úteis para venda dos veículos novos. E o exercício de 2018, aos descompromissados com o trabalho, é um porto de ociosidade num oceano de maré mansa. Serão 12 feriados federais, quatro deles em datas separadas do fim de semana, induzindo uma ponte de ausências, fora outros, inexplicáveis, criados – pelas igualmente sem explicação – Assembleias Legislativas estaduais. Também, eventos importantes, subtraindo atenções, como a Copa do Mundo de futebol e jogos com jornada de trabalho reduzido, além de eleições…

Toyota Prado ou Land Cruiser: chegando novamente
Toyota Prado ou Land Cruiser: chegando novamente

O quê? >> Mercado brasileiro não é exceção e preferências vêm moldando universalmente o segmento dos utilitários esportivos, carros atléticos e crossovers; rótulos difíceis de classificar, porém, percebidos como dotados de cara valente e elevada posição para dirigir. Foi a fatia de maior expansão em 2017 e deverá manter velocidade ascensional. Ano se inicia com apresentação do Virtus, menor sedã da VW. Logo a seguir, o Fiat Cronos com direcionamento idêntico e a revisão estética do Honda City com agregação de itens internos e mais ESP, o programa de estabilidade sempre adiado pelas autoridades brasileiras e argentinas. No campo dos sedãs de maior porte, a Mitsubishi manteve o Lancer em produção ao menor preço do segmento, e Volkswagen terá o Jetta sobre a plataforma dita MQB, comum ao Golf. No formato sedã, a Ford suprimirá tal versão para o Focus, e encontrar o Renault Fluence nas revendas será caso para unidades remanescentes. A marca francesa desistiu do produto, perdeu a oportunidade de fazê-lo atrativo aos serviços de Uber e que-tais. Sem atrações novas, a Ford apenas terá iniciativa com a volta da opção 4×4 para o EcoSport. Dentre as marcas tradicionalmente líderes do mercado, houve perda de liderança pela Fiat, alternando entre 3º e 2º lugares com a VW. GM foi a mais comprada, Ford se equilibrou precariamente em 4ª posição, com Renault em crescimento cadenciado enchendo o quinto lugar. Novidades deverão marcar a chinesa Chery, única com tal origem a viabilizar-se no país. Agora comandada pela CAOA da Hyundai-do-B, assumindo gestão operacional, e compatibilizará estrutura industrial. Na prática, significa democratizar o espaço da fábrica de Anápolis onde até agora são montados apenas os utilitários da sul coreana Hyundai. Negocialmente a CAOA comprou a solução de manter-se no mercado quando encerrar seus negócios industriais com a Hyundai, e no varejo solver o problema maior da Chery: garantir produção independentemente das vontades e constantes problemas e interrupções comandadas pelo sindicato dos metalúrgicos na área de Jacareí(SP), onde é a fábrica da empresa chinesa. Corre com adaptações para utilizar a base do Celer, criando novo SUV.

Citroën C4 Cactus: melhoramentos
Citroën C4 Cactus: melhoramentos

A morfologia SUV, SAV, Crossover, a de maior interesse do público, será adotada pela Toyota, importando versão atualizada do Prado, maior ante o SW4; pela Peugeot com o 5008; Renault representada pelo Koleos. A Volkswagen acordou de sonho letárgico e entrará com vontade em tal segmento com o T-Cross, SAV sobre plataforma do sedã Virtus, a ser feito na Argentina, substituindo o CrossFox. Também, do México importará o Tiguan ampliando opções no setor. Domesticamente, novos concorrentes com o Citroën C4 Cactus. Da marca, traços e mudanças de conteúdo caracterizando meio ciclo do C4 Lounge, mudando a frente, seguindo o modelo chinês. Toyota fará o Yaris, meio termo entre o Etios e o Corolla. Em picapes, novidades. Fiat prepara substituir a líder Strada a partir da cabine com detalhes assemelhados ao Argo, e Volkswagen gesta versão maior da Saveiro para estar presente no segmento superior aberto por Renault Oroch e Fiat Toro. Renault distribuirá no Brasil a Alaskan, sua versão sobre a prima Nissan Frontier, a ser feita na Argentina. VW iniciou vender experimental e promocionalmente o também argentino Amarok com motor diesel V6, e terá presença consistente no setor em 2018 aproveitando a maior disposição distintiva concedida pelo aumento de cilindrada. Veículos importados sofrerão queda nos primeiros meses, por reposição de estoque ou permitirão limpar o pátio de modelos antigos, consequência do não entendimento entre os ministérios da Fazenda, Planejamento e Indústria e Comércio quanto ao novo parâmetro à indústria automobilística, incluindo a importação. Até o final do ano vigiram regras do Inovar-Auto, alegoria lulo-petista protetora da falta de competição e da baixa produtividade. Seriam substituídas pelas constantes do programa Rota 2030, mas sem acordo quanto a incentivos e ônus pelas regras não baixadas. Assim, sem saber o futuro – e o quanto de imposto a pagar –, garrotearam-se as importações. No mesmo terreno pantanoso está o futuro das linhas de montagem brasileiras para Mercedes-Benz, BMW e Mini, Jaguar/Land Rover, Audi, considerando se terão preço menor e lucros superiores mantendo a atividade da montagem superficial no país ou se apenas importarão os veículos prontos. Audi pré definiu-se e enfatizará novos produtos, como o A2, de menor preço e maior demanda. Não se exclua a reduzida probabilidade de formalização e implementação dos acordos entre Mercosul e União Europeia auxiliar inflar o mercado fomentando presença de novos produtos, de importação facilitada pela isenção de impostos alfandegários, base do acordo. Em 2018 inexistirão novos fabricantes de veículos leves. Planos e projetos foram atropelados pela economia, pela retração do mercado, pela aceleração de custos. Daí não se aguardar os JAC T40 e T50 com os quais o grupo nacional SHC intenta abrir e manter caminho no mercado com tentativas anunciadas na Bahia e em Goiás. Geely, também chinesa, representada pelos acionistas da operação nacional da KIA, talvez retorne a conta gotas com montagem no Uruguai e complementação de conteúdo regional. Sempre prometida, a fábrica da Zotye em Goianésia(GO), promete acelerar a partir da montagem de motos elétricas em março e picape com o mesmo tipo de tração antes do final do ano. Caso viabilizado o crescimento previsto para o exercício de 2018, o número final deverá arranhar os 2,4 milhões de unidades. Número e comportamento indicarão a consolidação da retomada do retorno para a expansão.

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Provocar vizinhos, cunhados, contar histórias? É com o Audi RS3 >> Audi inicia vender versões Sportback (hatch) e inesperada configuração sedã do competente RS3. Trata-o como a bandeira maior da marca hasteada para marcar o espaço dos compactos Premium. Harmonizou mecânica, aplicou equipamentos para compatibilizar estamina, performance, segurança e exigências de conforto e infodiversão aos clientes.

Audi RS3: tecnologia e alta performance
Audi RS3: tecnologia e alta performance

Motor de cinco cilindros, o mais potente do mundo na configuração de 2,5 litros de deslocamento, dois sistemas de injeção (um na cabeça do pistões, outro no coletor de admissão) mais turbocompressor e sistema de abertura das válvulas obtém 400 cv de potência e 48,5 kgf.m de torque a partir de 1.700 rpm. Na prática, tal conjunto oferece consistente aceleração, indo da imobilidade aos 100 km/h em 4,1 segundos. O dimensionamento mecânico para permitir tal proeza inclui tração integral nas 4 rodas, transmissão automática S-Tronic e um enlace operacional entre direção, câmbio, gerenciamento do motor, ESC, o sistema eletrônico de estabilidade. Como comparativo com o Audi A3, é rebaixado 25 mm; a bitola dianteira mais larga em 20 mm. No desenho, grade frontal preta brilhante, grandes tomadas de ar, faróis em LEDs com a assinatura luminosa da marca, uma das líderes neste componente. Internamente, o ´Virtual Cockpit´ permite adequar instrumentos à vontade do condutor, como deslocar o conta giros para o centro da tela. Nela, dentre informações, cores indicam momento da troca de marchas. Estofamento em Napa Fina, comando de luzes do sistema de infodiversão no volante, som Bang&Olufsen de 705 watts. Preço? Inicia em R$ 329.990. (Os artigos e matérias assinados por colaboradores são de inteira responsabilidade dos seus autores. A editoria geral desse veículo, necessariamente, não concorda com as opiniões aqui expressas. Texto desta coluna: Roberto Nasser)